O primeiro dos padrões doutrinários da Igreja Reformada na Holanda foi a Confissão de Fé. Ela é normalmente conhecida como Confissão Belga porque originou-se na área agora conhecida como Bélgica.
Seu principal autor foi Guido de Brès, um pregador reformado martirizado em 1567. Durante o século 16 as igrejas naquela região foram expostas às mais terríveis perseguições pelo governo católico. Para protestar contra essa cruel opressão e para provar aos opressores que os reformados não eram rebeldes revolucionários, como os acusavam, mas cidadãos cumpridores das leis que professavam as verdadeiras doutrinas cristãs de acordo com as Sagradas Escrituras, de Brés preparou esta Confissão no ano de 1561. No ano seguinte, uma cópia dela foi enviada ao rei Felipe II, junto com uma declaração em que os signatários afirmavam estar prontos a obedecer ao governo em tudo o que fosse legítimo, mas que ofereceriam suas costas ao chicote e seus corpos ao fogo antes de negar as verdades expressas na Confissão.
Confissão Belga – COMO CONHECEMOS A DEUS – ARTIGO 2
Nós o conhecemos por dois meios. Primeiro: pela criação, manutenção e governo do mundo inteiro, visto que o mundo, perante nossos olhos, é como um livro formoso [1], em que todas as criaturas, grandes e pequenas, servem de letras que nos fazem contemplar “os atributos invisíveis de Deus”, isto é, “o seu eterno poder e a sua divindade”, como diz o apóstolo Paulo (Romanos 1:20). Todos estes atributos são suficientes para convencer os homens e torná-los indesculpáveis.
Segundo: Deus se fez conhecer, ainda mais clara e plenamente, por sua sagrada e divina Palavra [2], isto é, tanto quanto nos é necessário nesta vida, para sua glória e para a salvação dos que Lhe pertencem.
Base Bíblica :
[1] Sal 19:1-4. [2] Sal 19:7,8; 1Co 1:18-21.
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