A VEREDA DO PROGRESSO: SABENDO – Watchman Nee [ III ]

“A Vida Cristã Normal, Um apelo eloqüente de um apóstolo chinês da nossa época, que provou seu amor por Cristo suportando, por vinte anos, os sofrimentos de uma prisão comunista.”

A nossa velha história termina com a Cruz; a nossa nova história começa com a Ressurreição. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (II Co 5.17).
A Cruz põe termo à primeira criação, e por meio desta morte surge a nova criação em Cristo, o segundo Homem. Se estamos “em Adão”, tudo quanto em Adão está, necessariamente recai sobre nós. Torna-se involuntariamente nosso, pois nada precisamos fazer para disto participarmos.

Sem esforça, sem perdermos a calma, sem cometermos mais alguns pecados, vem sobre nós independentemente de nós mesmos. Da mesma forma, se estamos “em Cristo”, tudo o que há em Cristo nos é atribuído pela livre graça, sem esforço nosso, e, simplesmente, pela fé. Embora seja a pura verdade dizer que em Cristo temos tudo quanto precisamos, pela livre graça, talvez isto não nos pareça muito prático. Como se pode tornar realidade em nossa experiência?

Descobrimos através do estudo dos capítulos 6, 7 e 8 de Romanos que são quatro as condições para se viver uma vida cristã normal:

a) Sabendo;
b) Considerando-nos;
c) Oferecendo-nos a Deus;
d) Andando no Espírito.

Estas quatro condições se nos apresentam nesta mesma ordem. Se quisermos viver aquela vida, teremos que dar todos estes quatro passos. Não um, nem dois, nem três, mas os quatro. À medida que estudarmos cada um deles, confiaremos que o Senhor, pelo Seu Espírito Santo, iluminará o nosso Watchman_Neeentendimento e buscaremos o Seu o auxílio, agora, para dar o primeiro grande passo.

A nossa morte com Cristo, um fato histórico

A passagem do nosso estudo agora é Rm 6.1-11. Aqui se vê que a morte do Senhor Jesus é representativa e inclusiva. Na Sua morte, todos nós morremos. Nenhum de nós pode progredir espiritualmente sem perceber isto. Assim como Cristo levou os nossos pecados sobre a Cruz, tampouco podemos ter a santificação sem termos visto que nos levou a nós próprios na Cruz. Não somente foram colocados sobre Ele os nossos pecados, mas também foram incluídas nEle as nossas pessoas.

Como se recebe o perdão? Compreendemos que o Senhor Jesus morreu como nosso Substituto, e que levou sobre Ele os nossos pecados, e que o Seu sangue foi derramado para nos purificar. Quando percebemos que todos os nossos pecados foram levados sobre a Cruz, o que fizemos? Dissemos, porventura: “Senhor Jesus, por favor, vem morrer pelos meus pecados”? Não, de forma alguma; apenas demos graças ao Senhor. Não Lhe suplicamos que viesse morrer por nós, porque compreendemos que Ele já o tinha feito.

livro-a-vida-crist-normal-watchman-nee-415901-MLB20422116655_092015-FEsta verdade que diz respeito ao nosso perdão também diz respeito à nossa libertação. A obra já foi feita. Não há necessidade de orar, e, sim, apenas de dar louvores. Deus nos incluiu a todos em Cristo, de modo que quando Cristo foi crucificado, nós também o fomos.

Não há, portanto, necessidade de orar: “Sou uma pessoa muito má; Senhor, crucifica-me, por favor”. Apenas precisamos louvar ao Senhor por termos morrido quando Cristo morreu. Morremos nEle: louvemo-Lo por isso e vivamos à luz desta realidade. “Então creram nas Suas palavras e Lhe cantaram louvores” (Salmos 106.12).

Você crê na morte de Cristo? É claro que sim. Então, a mesma Escritura que diz que Ele morreu por nós diz também que nós morremos com Ele. Prestemos atenção a este fato: “Cristo morreu por nós” (Rm 5.8). Esta é a primeira declaração que se nos apresenta com toda a clareza, a segunda, porém, não é menos clara: “Foi crucificado com ele o nosso velho homem” (Rm 6.6). “Morremos com Cristo” (Rm 6.8).

Quando somos nós crucificados com Ele? Qual é a data da crucificação do nosso homem velho? É amanhã? Foi ontem? Ou hoje? Talvez nos facilite considerar de outra forma a afirmação de Paulo, dizendo: “Cristo foi crucificado com (isto é, ao mesmo tempo que) o nosso homem velho”. Foi Cristo crucificado? Então como pode ser diferente o meu caso?

Se Ele foi crucificado há quase dois mil anos, e eu com Ele, pode se dizer que a minha crucificação ocorrerá amanhã? Pode a Sua ser passada e a minha, presente ou futura? Graças a Deus, porque quando Ele morreu na Cruz, eu morri com Ele. Não morreu apenas em meu lugar, e, sim, levou-me com Ele à Cruz, de forma que, quando Ele morreu, eu morri com Ele. E se eu creio na morte do Senhor Jesus, posso também crer na minha própria morte, tão seguramente como creio na dEle.

Por que acredita que o Senhor Jesus morreu? Qual é o fundamento da sua fé? É porque sente que Ele morreu? Não, você nunca o sentiu. Quando o Senhor foi crucificado, dois ladrões foram crucificados ao mesmo tempo. Não duvida de que eles foram crucificados com Ele, porque a Escritura o afirma de modo absolutamente claro. Assim também, crê na morte do Senhor, porque a Palavra de Deus a declara. Crendo na morte do Senhor Jesus, e na morte dos ladrões com Ele, o que crê a respeito da sua própria morte? A sua crucificação é mais íntima do que a destes. Foram crucificados ao mesmo tempo que o Senhor, mas em cruzes diferentes, enquanto você foi crucificado na mesma Cruz com Ele, porque estava nEle quando Ele morreu. Como pode saber disto? É porque Deus o disse.

Não depende daquilo que você sente. Cristo morreu, quer você sinta isso, quer não sinta. Nós também morremos, independentemente do que sentimos quanto a isso; trata-se de fatos divinos: que Cristo morreu, é um fato, que os dois ladrões morreram, é outro, e a nossa morte é igualmente um fato. Posso afirmar: “Você já morreu”. Já está posto de parte, eliminado! O “Eu” que você aborrece ficou na Cruz, em Cristo. E “quem morreu, s justificado está do pecado” (Rm 6.7). E este o Evangelho para os cristãos!

A nossa crucificação jamais se tornará eficaz através da nossa vontade, do nosso esforço, e sim, unicamente por aceitarmos o que o Senhor Jesus Cristo fez na Cruz. « Os nossos olhos devem estar abertos à obra consumada» no Calvário. Talvez você tenha procurado, antes de receber a salvação, salvar-se a si mesmo, lendo a Bíblia, orando, freqüentando a Igreja, dando ofertas. Depois, um dia, se lhe abriram os olhos e você percebeu que a plena salvação já lhe fora provida na Cruz. Você simplesmente a aceitou, agradecendo a Deus, e então seu coração foi permeado pela paz e alegria. Ora, a salvação foi dada na mesma base que a santificação: recebemos a libertação do pecado do mesmo modo que recebemos o perdão dos pecados.

O modo de Deus operar a libertação é inteiramente diferente dos processos a que o homem recorre. O homem se esforça por suprimir o pecado, procurando vencê-lo: o processo divino consiste em remover o pecador. Muitos cristãos se lamentam das suas fraquezas, pensando que, se fossem mais fortes, tudo lhes iria bem. A idéia de que seja a nossa fraqueza que nos causa os malogros na tentativa de viver uma vida santa, e de que se exige da nossa parte mais esforço, conduz naturalmente a este conceito falso do caminho da libertação. Se é o poder do pecado e nossa incapacidade de vencê-lo que nos preocupa, concluímos que o que nos falta é mais poder. “Se fosse mais forte”, dizemos, “poderia vencer as explosões violentas do meu mau gênio”, e assim, pedimos que o Senhor nos fortaleça para podermos nos dominar a nós mesmos.

Tal conceito, porém, está completamente errado, e não é o cristianismo. O meio divino de nos libertar do pecado não consiste em nos fazer cada vez mais fortes, «mas antes em nos tornar cada vez mais fracos. Certamente se pode dizer que esta é uma forma de vitória bastante estranha, mas é essa a maneira de Deus agir em nós. Deus nos livra do domínio do pecado, não por meio de fortalecer o nosso velho homem, e sim, crucificando-o; não o por ajudá- lo a fazer coisa alguma, e sim, por removê-lo do campo de ação. Talvez você já tenha procurado em vão, durante muitos anos, exercer domínio sobre si próprio, e talvez seja essa sua experiência até agora. Uma vez, porém, que você percebe a verdade e reconhece que realmente não possui em si mesmo poder algum para fazer seja o que for, passa a saber que quando Deus colocou você de lado, tudo foi realizado, pondo termo ao esforço humano.

O primeiro passo: “Sabendo isto…”

A vida cristã normal tem que começar com um “saber” muito definido, que não é apenas saber algo a respeito da verdade, nem compreender alguma doutrina importante. Não é, de forma alguma, um conhecimento intelectual, mas consiste em abrir os olhos do coração para ver o que temos em Cristo.

Como é que você sabe que os seus pecados estão perdoados? É porque o seu pastor lho disse? Não, você simplesmente o sabe. Se alguém lhe perguntar como sabe, apenas responderá: “Eu sei”. Tal conhecimento vem por revelação do próprio Senhor. Evidentemente, o fato do perdão dos pecadores está na Bíblia, mas para a Palavra de Deus escrita se transformar em Palavra de Deus viva em você, Deus teve que lhe dar o “espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” (Ef 1.17). Você precisou ficar conhecendo Cristo deste modo, e é sempre assim: há ocasiões, relativas a cada nova revelação de Cristo, em que se sabe no próprio coração e se “vê” no espírito. Uma luz brilha no seu íntimo de modo que você fica persuadido do fato.

O que é verdadeiro acerca do perdão dos pecados não é menos verdadeiro a respeito da libertação do pecado. Quando a luz de Deus começa a raiar em nosso coração, vemos que estamos em Cristo. Não é porque alguém nos disse isto, nem meramente porque Romanos 6 o afirma. É algo mais do que isso. Sabemo-lo porque Deus no-lo revelou pelo Seu Espírito. Talvez não o sintamos. Sabemos, no entanto, porque o temos visto. Uma vez que temos visto a nós mesmos em Cristo, nada pode abalar a nossa certeza a respeito daquele bendito fato.

Se se perguntar a alguns crentes que entraram na vida cristã normal, como chegaram a esta experiência, uns dirão que foi desta forma, e outros, daquela. Cada um ressalta a forma específica como entrou na experiência, e cita versículos para apoiá-la; e, infelizmente, muitos cristãos procuram usar suas experiências especiais e suas escrituras especiais para combater outros cristãos. A verdade, porém, é que embora entrem por diferentes caminhos na vida mais profunda, não devemos considerar mutuamente exclusivas as experiências ou doutrinas que sublinham, e antes, complementares. Uma coisa é certa: qualquer experiência verdadeira que tenha valor à vista de Deus, teve que ser alcançada através de se descobrir algo mais do significado da Pessoa e da Obra do Senhor Jesus. Esta é a prova crucial e absolutamente segura. Paulo nos mostra que tudo depende desta descoberta: “Sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6).

A revelação divina é essencial ao conhecimento

Assim sendo, nosso primeiro passo é buscar da parte de Deus o conhecimento que vem da revelação, não de nós mesmos, mas da obra consumada do Senhor Jesus Cristo na Cruz. Quando Hudson Taylor, o fundador da Missão para o Interior da China, entrou na vida cristã normal, foi da seguinte forma. Ele fala do problema que havia muito estava sentindo: o de saber como viver “em Cristo”, como derivar da Videira a seiva para si próprio. Sabia perfeitamente que devia ter a vida de Cristo emanando através de si mesmo, e, contudo, sentia que não o tinha conseguido. Via claramente que as suas necessidades deviam ser satisfeitas em Cristo. “Eu sabia” dizia ele, escrevendo à sua irmã, de Chinkiang, em 1869 “que se eu apenas pudesse permanecer em Cristo tudo iria bem. Mas, eu não conseguia”. Quanto mais procurava entrar em Cristo, tanto mais se achava como que deslizando, por assim dizer, até que um dia a luz brilhou, a revelação veio e ele entendeu tudo.

“Sinto que está aqui o segredo: não em perguntar como vou conseguir tirar a seiva da videira para colocá-la em mim mesmo, mas em me recordar que Jesus é a Videira — a raiz, a cepa, as varas, os renovos, as folhas, a flor, o fruto, tudo, na verdade”.

Depois, ao dirigir-se a um amigo que o tinha auxiliado:

“Não preciso de fazer de mim mesmo uma vara. Sou parte dEle e apenas preciso crer nisso e agir de conformidade. Já há muito, tinha visto esta verdade na Bíblia, mas agora creio nela como realidade viva”. Foi como se alguma verdade que sempre existia se tornasse verdadeira para ele pessoalmente, sob uma nova forma. Outra vez escreve à irmã:

“Não sei até que ponto serei capaz de me tornar inteligível a este respeito, pois que não há nada novo ou estranho ou maravilhoso – er todavia, tudo é novo! Numa palavra, “Eu era cego, e agora vejo”. Estou morto e crucificado com Cristo  sim, e ressurreto também e assunto… Deus me reconhece assim, e me diz que é assim que me considera. Ele é Quem sabe… Oh, a alegria de ver esta verdade! Oro, com todas as forças do meu ser, para que os olhos do teu entendimento possam ser iluminados, para que vejas as riquezas que livremente nos foram dadas em Cristo, e que te regozijes nelas”.Realmente, é coisa grandiosa ver que estamos em Cristo! Procurar entrar numa sala dentro da qual já estamos seria criar em nós um senso de confusão enorme  pensemos no absurdo de pedir a alguém que nos ponha lá dentro.. Se reconhecemos o fato de que já estamos dentro, não fazemos mais esforços para entrar. Se tivéssemos mais revelação, teríamos menos orações e mais louvores. Muitas das nossas orações a nosso favor, são proferidas porque somos cegos a respeito daquilo que Deus fez.

Lembro-me de um dia em Xangai quando falava com um irmão bastante exaltado e preocupado quanto à sua condição espiritual. Dizia ele: “Existem tantos que vi-_ vem vidas belas e santas! Sinto vergonha de mim mesmo. Chamo-me cristão, e, todavia, quando me comparo com outros, sinto que não sou cristão à altura, de forma alguma. Quero conhecer essa vida crucificada, essa vida ressurreta, mas não a conheço. Não vejo forma de alcançá-la”. Outro irmão estava conosco e ambos falamos durante duas horas ou mais, tentando levar o homem a ver que nada poderia ter, separadamente de Cristo, mas os nossos esforços não alcançaram êxito. Disse o nosso amigo: “A melhor coisa que se pode fazer é orar”. “Mas, se Deus já lhe deu tudo, por que precisa de orar? ” perguntamos.

“Ele não o fez”, respondeu o homem, “visto que eu ainda perco o meu domínio próprio, falho ainda constantemente; de modo que devo continuar a orar”. “Bem”, dissemos, “alcança aquilo por que ora? “. “Lamento dizer que não consigo nada”, respondeu. Tentamos chamar-lhe a atenção para o fato de que, assim como ele nada fizera em favor da sua própria justificação, assim também ele não precisava fazer coisa alguma a respeito da sua santificação. Em dado momento, um terceiro irmão muito usado pelo Senhor, entrou e juntou-se a nós. Havia uma garrafa térmica em cima da mesa, e este irmão pegou nela, dizendo: “O que é isto? ” “Uma garrafa térmica”.

“Bem, imaginemos que esta garrafa térmica pudesse orar, e que começasse a orar da seguinte maneira: “Senhor, desejo muito ser uma garrafa térmica. Concede a Tua graça, Senhor, para que eu me torne uma garrafa térmica. Por favor, faze de mim uma!” O que diria o amigo? “”Penso que nem mesmo uma garrafa térmica seria tão pateta”, respondeu o nosso amigo. “Não faria sentido orar desse modo. Ela já é uma garrafa térmica!” Então, aquele irmão disse: “Você está fazendo exatamente a mesma coisa. Deus já o incluiu em Cristo; quando Ele morreu, você morreu; quando Ele ressuscitou, você ressuscitou. Portanto, você não pode dizer hoje: Quero morrer, quero ser crucificado; quero ter vida ressurreta. O Senhor simplesmente olha para você e diz: “Você está morto! Você tem uma vida nova!” Toda a sua oração é tão absurda como a da garrafa térmica. Você não necessita de orar ao Senhor pedindo qualquer coisa. Necessita, meramente, de ter os olhos abertos para ver que Ele já fez tudo isso”.

Eis a questão. Não precisamos trabalhar para alcançarmos a morte, nem precisamos esperar para morrer. Estamos mortos. Agora, só nos falta reconhecer o que o Senhor já fez, e louvá-Lo por isso. Uma nova luz desceu sobre aquele homem. Com lágrimas nos olhos, disse: « “Senhor, louvo-Te porque já me incluíste em Cristo. Tudo o que é dEle é meu!” A revelação chegara, e a fé possuía algo de que lançar mão. E se você pudesse ter encontrado aquele irmão, mais tarde, que mudança perceberia!

A Cruz atinge a raiz do nosso problema

Quero recordar, mais uma vez, a natureza fundamental do que o Senhor operou na Cruz, assunto que merece o maior destaque, porque precisamos entendê-lo.

Suponha que o governo do seu país quisesse enfrentar rigorosamente a questão das bebidas alcoólicas e decidisse que todo o País ficasse sob a “lei seca”. Como seria posta em prática tal decisão? Como poderíamos cooperar? Se revistássemos cada loja, cada casa, por todo o país e destruíssemos todas as garrafas de vinho, cerveja ou pinga que encontrássemos, resolveríamos assim o problema? Certamente que não. Poderíamos livrar assim a terra de cada gota de bebida alcoólica existente na praça, mas, por detrás daquelas garrafas de bebida se encontram as fábricas que as produzem, e se não tocássemos nas fábricas, a produção continuaria e não haveria solução permanente para o problema. As fábricas produtoras das bebidas, as cervejarias e as destilarias por todo o país, teriam que ser fechadas se quiséssemos resolver de forma permanente a questão do álcool.

Nós somos uma fábrica desta natureza, e os nossos atos são a produção. O Sangue de Jesus Cristo, nosso Senhor, resolveu a questão dos produtos, dos nossos pecados. De modo que a questão do que temos feito já foi tratada; será que Deus Se detém aqui? Como se trata daquilo que somos? Fomos nós que produzimos os pecados. A questão dos nossos pecados foi resolvida, mas como vamos nós próprios ser tratados? Crê que o Senhor purificaria todos os nossos pecados para então deixar por nossa conta enfrentarmos a fábrica que os produz? Acredita que Ele inutilizaria os produtos e que deixaria por nossa conta a fonte de produção?

Fazer tal pergunta é responder-lhe. Deus não faz a obra pela metade. Pelo contrário, inutilizou os produtos e encerrou a fábrica produtora. A obra consumada de Cristo realmente atingiu a raiz do nosso problema, solucionando-o. Para Deus não há meia medida. “Sabendo isto”, disse Paulo, “que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6). “‘Sabendo isto”. Sim, mas você o sabe de fato? “Ou, porventura, ignorais? ” (Rm 6.3).

Watchman Nee
 

Watchman Nee (倪柝聲 pinyin: Ní Tuòshēng, 4 de novembro de 1903 – 1 de junho de 1972) foi um WatchmanNee01_300x400influente líder cristão chinês no período anterior ao regime comunista, morrendo na prisão vinte anos depois, em 1972. Nee To-sheng ou Watchman Nee, o grande líder cristão chinês, nasceu numa província do Sul da China. Em sua juventude, provou ser um indivíduo dotado de grande inteligência e um futuro promissor. Ele foi consistentemente o melhor aluno da Faculdade Trinity, adquirindo excelente histórico acadêmico. Nee, naturalmente, tinha grandes sonhos e planos para uma carreira cheia de realizações.

A VEREDA DO PROGRESSO: SABENDO – Watchman Nee [ III ]

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