Leitura Bíblica João 2:13-22, Inquestionavelmente, você sabe que o Senhor purificou o templo em duas ocasiões em Jerusalém. A primeira ocasião foi a que lemos nesta passagem do Evangelho de João. A segunda, e última ocasião, é mencionada pelos outros escritores dos Evangelhos, Mateus, Marcos e Lucas. João não repete no seu registro essa ocasião, e eles não abordam a primeira ocasião.
João escreveu tanto tempo depois dos outros três que ele sabia sem dúvidas o que eles tinham escrito, e portanto muito do que ele escreveu foi para complementar. Ele sabia o que eles tinham deixado fora, e introduz muita coisa que eles não registraram. Esta é uma dessas coisas peculiares do Evangelho de João. Existe um significado sobre o fato de que o Senhor Jesus purificou o Templo duas vezes. Talvez a relevância se liga, em primeiro lugar pelo menos, à realização disso no começo do Seu ministério e no encerramento, pois João coloca esta purificação muito cedo na Sua vida pública. O registro da segunda ocorrência aparece mesmo no final, entre as cenas finais da Sua vida em Jerusalém; e que Ele tenha realizado isso como uma das Suas primeiras atividades em Jerusalém e como uma das finais, carrega consigo um significado que não é difícil de achar, e a relevância disso se acha muito próxima da superfície.
Nos diz que o Senhor tinha a Casa do Pai muito à vista desde o princípio, e que todas as Suas atividades eram nessa direção. Podemos dizer que fundamentalmente a Sua vida e ministério tinham a ver com a Casa de Deus e que Ele nunca se afastou dessa posição inicial que Ele tinha adotado. Mesmo no final Ele retornou. Somos informados que Ele se mudava de um lado para outro entre Jerusalém e Betânia, e nessa semana final da Sua vida, num anoitecer Ele entrou em Jerusalém e no Templo, e olhou para todas as coisas em volta, e então se foi para Betânia sem fazer nada. Mas na seguinte manhã Ele entrou e evidentemente colocou numa forma de expressão muito definida e forte os resultados da situação que Ele tinha avistado, e limpou o Templo mais uma vez.
A Sua vida aqui na terra, então, estava delimitada, diríamos, pelo Seu relacionamento e atitude para com a Casa do Seu Pai. Se é verdade que a Casa do Pai estava estabelecida na Sua visão num relacionamento muito definido na Sua vida do princípio ao fim, e que a Sua vida em ambos os extremos é achada em relação a essa Casa, então é importante observar qual era a Sua atitude para com a Casa do Seu Pai no Seu espírito. Ele foi consumido numa grande devoção e paixão pela Casa de Deus. A Sua vida, como é representada nesta dupla atividade, do princípio ao fim era uma vida delimitada pelo zelo intenso e fervente da Casa de Deus, de maneira que poderia ser dito que consumiu Ele.
Para o quê esse zelo existia? O que havia em relação à Casa do Pai que estava consumindo Ele? Qual era a natureza da Sua devoção? Claramente, era a santidade da Casa do Seu Pai; a sua absoluta santidade, a sua perfeita limpeza, a sua completa separação das influências e ordens deste mundo, e de todos os interesses e elementos pessoais. Essas coisas são representadas pelo que estava acontecendo aqui em ambas as ocasiões. Um sistema mundano tinha se infiltrado, e estava sendo desenvolvido para fins pessoais. Todo esse tipo de coisas na Sua mente eram profanas e desprezíveis. Era a santidade da Casa do Pai o caráter do Seu zelo consumidor.
Então mais uma coisa é vista nesta atitude para com a Casa do Pai, e é que Ele assumiu autoridade sobre ela. Aqui há um prenúncio dessa palavra na carta aos Hebreus: “Mas Cristo como Filho sobre a casa de Deus…”. Ele está falando deste Templo como: “A Casa do Meu Pai”. Ele é o Filho do Pai. Qual é a Sua posição nela como o Filho do Pai? É a posição de autoridade absoluta: “Filho sobre a Casa de Deus…”. E aqui Ele assume a Sua autoridade na Casa do Seu Pai, e a Sua autoridade é para lidar com tudo que está fora da harmonia com essa Casa. Essa é a posição com a que nos deparamos imediatamente enquanto lemos destas ocasiões.
Depois, como é sempre com João, a coisa nunca é deixada lá na esfera daquilo que é terreno, histórico temporal. João nunca deixa as coisas com a ilustração ou tipologia, porque João não está na terra. Os outros três podem nos dar registros históricos, mas João não está fazendo só isso. João sempre sai do meramente histórico, terreno, e transfere as coisas para a esfera do universal, o espiritual. Ele nos mostra o que não é mostrado noutro lugar, e nos transmite um significado relacionado a esta coisa que não achamos noutro lugar.
Poderíamos imaginar João talvez lendo a narrativa de um dos outros apóstolos, ou através do Evangelho oral (como era chamado) lhes sendo as coisas repetidas, e ele diria: me pergunto porque eles esqueceram da primeira purificação do Templo! Me pergunto porque eles não colocaram isso! Eles ignoraram isso, e é muito importante; eu devo colocá-lo! E então ele o colocou, e na sua mente poderia haver esta conexão muito maior, e ele escreveria o que o Senhor Jesus disse, não somente o que Ele fez, como parte mais ampla do significado do Seu ato. Ele, como você percebe, segue em frente com isto: “Os judeus portanto, responderam e disseram para ele, qual o sinal que você nos mostra, vendo que você faz estas coisas? Jesus respondendo disse para eles, Destruam este templo, e em três dias Eu o levantarei”. Não temos certeza de se o Senhor Jesus estava intencionalmente lançando pó nos seus olhos ao falar enigmaticamente. Eles entenderam Ele como se referindo ao templo que Ele tinha acabado de limpar, mas Ele não estava querendo dizer isso, e é aqui onde João dá um comentário de uma importância tremendamente grande: eles pensaram que Ele falou do Templo em Jerusalém, “mas Ele falou do templo do seu corpo”. O que aconteceu com o seguir em frente? Tudo foi transferido para Ele mesmo. Ele assumiu tudo na Sua própria Pessoa. O Templo não é este Templo externo, sobre o qual eles estavam pensando. O Templo de Deus era Ele mesmo.
Você observa como ao longo de todo o Evangelho de João as coisas são transferidas para Cristo. Não importa o que você tocar no que pertence ao sistema judaico, é transferido para Cristo todo o tempo. No capítulo 4 os Templos em Samaria e em Jerusalém são mencionados, e João acrescenta: “Nem neste monte nem em Jerusalém…”. Você percebe que Ele chegou, e então tudo aqui é transferido para Cristo. Ele toma o lugar do Templo; Ele possui a coisa toda na Sua própria Pessoa. É claro que eles nunca poderiam entender, porque eles não queriam aceitá-Lo. Ele fala do Templo do Seu corpo e diz: “Destruam este templo, e em três dias eu o levantarei”.
Esse é o valor do registro de João, e, lembrando que isso está mesmo no princípio da Sua vida, é de tremenda importância que o Senhor Jesus tenha vindo, e vindo em relação à Casa de Deus, e o zelo pela Casa do Pai está Lhe consumindo. Ele é a personificação de tudo que essa Casa significa. Tudo converge Nele mesmo. Tudo é transferido para Cristo.
Agora nós temos uma revelação mais completa dessa verdade, e com a nossa revelação mais completa nas Epístolas sabemos duas coisas.
Sabemos agora plenamente como Cristo é o Templo de Deus. Temos chegado a ver o pleno significado e valor do fato de que Deus estava em Cristo reconciliando o mundo para Ele mesmo, e que tudo que esse Templo em tipologia representava era Cristo. Nele está todo o valor do Sangue derramado e aspergido. Nele está todo o valor da Mediação, do Sacerdócio. Nele está todo o valor da provisão para o povo do Senhor. Nele está cada coisa que estava no Templo em tipologia. Ele é tudo isso integralmente. Nós unicamente achamos Deus em Cristo.
Depois também temos um outro aspecto da única revelação, e é que Cristo constituiu a Casa de Deus ao Se unir com uma companhia chamada o Seu Corpo; “a igreja, que é o seu corpo”; “Cuja casa somos nós”, diz o escritor da carta aos Hebreus. O Corpo de Cristo é agora constituído corporativamente a Casa de Deus, o Templo de Deus.
Essa verdade é familiar para nós, e apenas a mencionamos no caminho para a questão central desta reflexão.
Observe agora estes outros fatores como estão no Evangelho de João.
Em primeiro lugar, quando você reconhece Cristo e os Seus membros como constituindo a Casa de Deus, você percebe que esta Casa – Cristo e os Seus membros – é constituída sobre a base da ressurreição, que a filiação diz respeito ao mesmo. “Cristo como Filho sobre a casa de Deus”. “Qual sinal nos mostras, visto que fazes estas coisas?” Em outras palavras: Com qual autoridade você está assumindo esta posição sobre o Templo? Você virtualmente se estabelece a si mesmo como Mestre da Casa de Deus! Com que fundamento? A resposta: “Destruam este templo, e em três dias eu O levantarei”. Ele está dizendo: Minha autoridade é uma autoridade espiritual, e é na base da ressurreição. Filiação e autoridade estão aqui intimamente relacionadas à ressurreição dentre os mortos.
Você capta a sugestão na Sua declaração: “Destruam este templo e…Eu o levantarei?” Ele está falando de Si mesmo como se Ele fosse duas pessoas: Seu corpo, e o Seu poder sobre o Seu próprio corpo para levantá-lo! É Cristo dentro de um Templo, no poder da ressurreição. Paulo nos dá a explicação mais ampla quando ele diz: ” e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos…”. O Templo o qual somos nós é trazido à existência como lugar da habitação do Senhor da vida, em virtude da nossa ressurreição espiritual dentre os mortos.
Que representa tudo isto? Significa isto, que a autoridade em Cristo, e a própria constituição da Sua Casa, o Templo, o Corpo de Cristo, é na base de Cristo ter enfrentado todos os Seus inimigos, e todos os poderes destrutivos deles, e todo o poder da morte, tendo vencido eles, e trazido à existência algo que eles tinham procurado exterminar. Em outras palavras, como Marcos diz sobre isto: “Os principais sacerdotes e escribas procuraram a maneira de destruir Ele”. Ele diz: “Em três dias Eu o levantarei”. O que significa isso? Que a destruição é destruída, que a morte é vencida, e que se existe algo se levantando nessa base, se isso é a natureza da existência da mesmíssima coisa, isso testifica na sua própria existência da absoluta supremacia do Senhor Jesus sobre todas as potestades para destruir, e sobre todas as operações da morte.
Juntando tudo isso para uma aplicação imediata para nós, significa isto, que se nós realmente de maneira viva estamos espiritualmente unidos ao Senhor Jesus como parte do Seu Corpo, fazemos parte desse Templo do qual Ele disse: “Eu o levantarei”; isto é, nós estamos com Ele na base em que nada pode destruir, e em que a própria morte tem sido roubada do seu poder para vencer esta coisa. Nós permanecemos (e devemos aprender a como permanecermos no benefício desta grande realidade espiritual) pela nossa própria união da ressurreição com o Senhor Jesus, na base da autoridade sobre a morte, do poder sobre a destruição. Esse é um dos maiores fatores, se não for o maior dos fatores, dos quais a fé tem de tomar posse. Dia após dia somos chamados para o conflito que insurge devido ao desafio a essa posição, o desafio para a nossa posição em união com Cristo em vitória absoluta sobre a morte.
Não nos estamos referindo meramente à morte física, mas à morte como um poder; e o Templo, a Casa, existe porque Cristo conquistou a morte, e porque o poder da destruição foi quebrado. A nossa atitude tem de ser, em fé sólida, continuamente: para nós a morte é vencida, e a destruição é destruída. De muitas formas a cada dia seremos confrontados com a necessidade de afirmarmos a nossa posição nesse terreno. Mas isso é, afinal, adicional.
A questão que está especialmente no nosso coração é esta: Esta Casa de Deus é o lugar, a esfera, no qual Cristo, na Sua autoridade como Filho sobre a Casa de Deus, confronta tudo que não está em conformidade com essa Casa. Isto é algo que continuamente devemos ter em conta. Essa Casa demanda que tudo esteja em conformidade com ela. “A santidade convém à tua casa”. O Senhor Jesus assumiu a autoridade na Casa de Deus para lidar com tudo que é profano. Ele não é menos zeloso agora do que Ele era quando estava na terra. Não há menos zelo Nele pela Casa de Deus agora do que antes. Certamente podemos dizer que o zelo é infinitamente maior. No mínimo podemos dizer isto, que o Seu relacionamento com o Templo em Jerusalém é somente uma ilustração. Ele sabia muito bem que isso não representava mais a Casa de Deus. Ele sabia muito bem que isso tinha passado dessa esfera em que isso era realmente a Casa de Deus. As próprias palavras com as que João introduz este fragmento são: “A Páscoa dos judeus estava próxima”. Isso sempre era chamado “a Páscoa de Jeová” nos dias em que as coisas estavam certas. Era a Páscoa do Senhor, mas aqui João diz “A Páscoa dos judeus…”. Da mesma maneira este Templo não era mais a Casa do Senhor na realidade.
O Senhor está agindo para com este templo em representação da Sua atitude para com essa Casa espiritual que estava entrando com a Sua própria Pessoa, e a Sua atitude para com a Casa espiritual não é com um zelo consumidor menor. Pode ser dito Dele agora: “O zelo da tua casa me devorou”; enquanto Ele assumia a autoridade como Filho da Casa do Pai para lidar com tudo que não estava em conformidade com essa Casa. Essa é a Sua posição agora. A autoridade de Cristo, a própria posição de Cristo como o Filho sobre a Casa de Deus é em primeiro lugar para lidar com tudo que não está em conformidade com essa Casa. Assim como Ele confrontou toda carne, e deteve todo o tráfego do mundo nesse Templo, assim Ele fica no caminho disso na Casa espiritual.
A questão é esta: É uma coisa ter um ensino e uma doutrina, e um sistema da verdade sobre a Casa de Deus, e sair impune. É completamente outra coisa entrar espiritualmente numa maneira real e viva nessa verdade; e se você entrar nunca sair impune. Estas são duas esferas.
Uma esfera é, em última análise (embora não seja na arquitetura de mármore, em coisas materiais), uma estrutura de ensinamento, uma estrutura da verdade, de doutrina sobre a Casa de Deus, e tudo isso pode estar fora do Espírito. Pode ser algo do que se refletir muito, e pode se conversar sobre a sua santidade, assim como os judeus sempre falavam acerca do Templo em Jerusalém. Podem até haver lamentos sobre isso, assim como os judeus vão para o Lugar das Lamentações agora e se lamentam sobre a glória já partida; e ainda pode ser um sistema de verdade objetiva, e não haver nenhum impacto, nenhum desafio, e ir longe com todo tipo de inconsistências nesse sistema, de maneira que há contradições terríveis.
Mas existe outra esfera. É a esfera onde cada pedaço desta verdade vive, e se entrarmos na realidade viva da Casa de Deus iremos descobrir que existe Um estabelecido lá em autoridade, que desafia e enfrenta tudo que é incompatível com a Casa. Marcos diz: “E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo…”. Posso ver Ele; não apenas virando aquelas mesas, e espalhando aquele dinheiro, mas detendo um homem carregando algo tendo a ver com essa mercadoria, e dizendo: “Leve isso para fora!” e o homem, sob a compulsão dessa autoridade divina, desaparecendo. Aonde quer que Ele visse um homem carregando algo tendo a ver com esse negócio Ele dizia, com efeito: despeja isso! Não pertence aqui!
O Senhor Jesus nos confortará, se entrarmos nisto de maneira viva. É uma coisa terrível entrar em verdade espiritual. A glória é um outro lado; é um grande privilegio; mas é uma coisa terrível tocar qualquer coisa na Casa de Deus com as mãos da carne; trazer do mundo, de nós mesmos, o que não pertence a ela. Ele fica lá para enfrentar isso. Os coríntios o enfrentaram: “Por essa razão, há entre vós muitos fracos e doentes e vários que já dormem”. “A santidade convém à tua casa”. É bom que seja assim. É realmente uma benção que o Senhor Jesus tenha isto em Suas próprias mãos, para tratar destas coisas.
Talvez você faça a pergunta: Por que você está dizendo tudo isto? Significa isto, que você e eu queremos que o testemunho seja mantido em vida. Não vale a pena ter algo que é somente um sistema da verdade e que não funciona. Queremos estar na posição em que isso seja vida, mas ó! isso envolve muita coisa! Nós não podemos nos reunir e dizer: Isto é uma bela verdade! Não! isto é terrível; isto é terrível para a carne! Nós não podemos estar em nada desse tipo e algum pedaço de nossa carne ficar impune. Nós simplesmente iremos ser moídos até o último fragmento na esfera da nossa carne se entrarmos naquilo que é completamente de Deus. Devemos estar preparados para isso. Faz parte do próprio caráter vivo disto.
Assim, isto prepara um caminho para muito mais. Nos conduz para o lugar da autoridade em Cristo. Se Ele está lá como o Filho sobre a Casa de Deus, e nós somos filhos na Sua Casa, nós entramos por esse mesmo relacionamento nessa autoridade de Cristo. Qual é a nossa autoridade? Que nenhum poder de Satanás pode operar sobre nós, porque não há terreno para ele tomar. Autoridade não é uma fraseologia, um tom de voz, uma maneira assertiva. Autoridade é um estado do coração, um estado de vida. Autoridade é que o testemunho está vivo, porque o terreno da morte já foi destruído. Ressurreição em Cristo significa que o terreno da morte já foi posto de lado.
Quando você procura ter as coisas dessa forma, o que você espera? Você obterá (seja o que você espere) o que Ele obteve! “Ora, os principais sacerdotes e os escribas ouviram isto, e procuravam um modo de o matar.” Se nos entregarmos ao assunto da santidade da Casa de Deus, a pureza, a limpeza da Casa de Deus, a absoluta consistência de tudo para o testemunho, para ter as coisas vivas, o que enfrentaremos? Enfrentaremos uma tentativa do diabo para nos destruir! Se tivermos tocado algo que é mau, algo que está em desacordo com a Casa, e termos procurado consertá-lo, receberemos um pontapé do diabo toda vez; e descobriremos que cada esforço para limpar as coisas na Casa de Deus é algo que se opõe à nossa própria vida. Você não pode ser devoto nisto e ter o zelo da Casa de Deus lhe devorando, sem haver um grande propósito determinado do inimigo para lhe destruir.
Pode haver em algum lugar algo que é mau, que entrou na Casa de Deus, e você procura ter isso limpo. Não demora muito para você enfrentar algo como revanche disso sobre você mesmo, e você sente que você é um homem marcado, ou uma mulher marcada. Não é fácil tentar obter as coisas de acordo à mente de Deus. O inimigo odeia isso.
O Senhor nos dê graça para receber esta palavra. “A santidade convém à tua casa”. Como vamos ser um instrumento, uma voz para o Senhor? É isto: “Se tu voltares… e se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca”. Vale a pena qualquer coisa ser a boca do Senhor neste mundo para o Seu povo. Isso requer que haja uma atitude sem complacências para com qualquer coisa que não está em consonância com a Casa do Senhor espiritualmente. O Senhor nos leve para o lugar onde tudo é santo. “A santidade convém à tua casa”.
É a sua casa um lugar santo? É a sua mesa de refeição um lugar santo? É a sua conversação santa? Poderiam filhos de Deus famintos, necessitados, irem à sua casa e obter ajuda espiritual? Ou está você discutindo coisas que não são úteis, que não são edificantes; coisas que podem ser verdadeiras, podem ser reais, mas que não há nada a ganhar discutindo-as? Está você apenas falando sobre todas as generalidades da vida diária? É a sua casa uma Casa de Pão, ou é uma casa de criticismo, uma casa de escândalo, uma casa de fofoca? “A santidade convém à tua casa”; e isso se relaciona tanto à nossa vida doméstica como filhos do Senhor, como à nossa presença na assembleia.
Você terá um testemunho se você cuidar das coisas do Senhor. Você será a boca do Senhor se você procurar as coisas que estão de acordo com a mente do Senhor. O seu testemunho somente será destruído se as coisas não estão em conformidade com a verdade que você ensina ou aceita. O Senhor torne as coisas num estado bem vivo para nós.
por T. Austin-Sparks
Primeiramente publicado na revista Candelabro de Ouro, Volume 129 de manuscritos previamente não publicados.
Origem: The Cleansing of the Temple”